Sinta-se em casa!


26 de maio de 2010

Das coisas que eu tenho medo e do futuro delas!

Obrigado a todos que fazem de mim uma das, se não 'a', blogueiras mais convencida da internet.

Eu tenho medo de muitas coisas, todo mundo sabe disso. Entre elas, eu tenho bastante medo de adolescentes. De tudo relacionado a eles. De seus amores instantâneos, de seus cabelos cortados e pintados em casa, de suas roupas coloridas e das músicas que ouvem. É também de conhecimento popular que eu adoro ser jovem e fazer coisas de gente jovem; mas vejam bem, coisas de gente jovem normal (o mais normal possível quando estamos tratando de algo anormal). Odeio essa coisa de ter um jeito tão específico de falar (tão especifico que o resto do mundo não entende) e se vestir, pra mim tribo é coisa de índio.

A questão é que eu tenho medo mesmo, quando o assunto é juventude, é do futuro deles. Falando a velha conservadora. Pode até ser, mas quem vai discordar de mim quando eu usar o bordão mais repetido por 9 entre 10 pessoas na terceira idade: “ essa juventude ta perdida “?

Pensem comigo. A minha geração cresceu ouvindo canções de amor. Nós somos as meninas da geração Backstreet Boys, poxa vida! Fases revoltadas a parte, nossa (pré) adolescência foi marcada por suspiros apaixonados e lágrimas dedicadas aos amores impossíveis. O que é que essa geração tem? Akon?

Não que eu não goste dessas musiquinhas modernas de balada, não me entendam mal, eu só acho que o que ouvimos ajuda a formar opinião e influi no nosso comportamento. Se as meninas que há alguns anos (e nem são tantos assim) ouviam as batidas românticas de “As long as you love me” e coisas do tipo, hoje em dia andam bem mal das pernas o que se pode esperar das que dançam feito vadias ao som de “Make love in this club”? Usher que me perdoe, não tenho nada contra ele, mas tenha dó! Não da pra esperar chegar em casa?

Se bem que, talvez eu esteja vendo isso pela perspectiva errada. Quem sabe o futuro dessa juventude seja bem melhor que o nosso. Nós, de alguma maneira, ainda conservamos aquele espírito jovem e apaixonado e talvez essa seja a chave de tanto sofrimento em razão do sexo oposto. Se os meninos deixarem claro, desde pequenos, o que querem e as meninas entenderem o recado pode dar certo? Acho que não. Acho que justamente por causa dessa carência de amor e saturação de musicas que falam de dinheiro, gostosas e sexo explicito que as meninas se desesperam por um Justin Bieber da vida e piram quando um Fiuk canta as velhas musicas do pai. Mesmo que esse pareça um fugitivo de guerra ou alguém atingido por uma grave doença e aquele uma menina (e nem é uma menina tão bonita assim).

Vocês não pensam nisso?

Por Luna Rodrigues

21 de maio de 2010

E existe vida pós casamento?

Até que enfim atualizando o blog, eu sei que o combinado era segunda e hoje é quinta, mas essa semana foi enrolada mesmo. Pelo atraso, peço desculpas aos meus leitores. Eu já posso dizer que tenho “leitores”? Sim né? Eu tenho 6 seguidores e as pessoas me cobram posts, deve ser o início do sucesso. Bom, brincadeiras a parte o assunto agora é casamento. Calma, ninguém vai casar, nós só vamos falar dele.
Uma dúvida me veio. Vocês “mulheres modernas” (odeio esse termo) pensam em casamento? Tem medo de se encontrarem “solteironas” um dia? Eu sei que sim, não mintam pra mim, meninas. A pergunta é: com que frequência pensa nisso. Não que eu ache que toda a mulher pense nisso com muita regularidade, mas enfim. É tipicamente feminina essa coisa de querer casar, ter filhos e ser feliz para sempre, mas ela mesma ainda acredita na felicidade depois do casamento?
Pense então nos planos que faz pra tua vida. Eu acho que a grande maioria quer casar, mas quando? Os planos são normalmente estudar, trabalhar, se estabelecer financeiramente, se divertir bastante com as amigas, viajar. Ok, inclua também “viver” na lista de coisas pra fazer antes do casamento. O casamento é tão ruim assim que eu tenho que programar pra fazer as coisas boas antes? Veja bem, isso não é uma critica (eu obviamente não acho que o certo é casar aos 18 anos), é só uma observação.
Ao contrario do que os planos iniciais indicam eu posso viajar, me divertir, trabalhar (aos que consideram que trabalhar fica na parte das coisas boas) e tudo mais depois do casamento. Eu posso ou eu preciso trabalhar? Isso é um problema pra mim, quem me conhece já me pegou falando isso pelo menos uma vez. A mulher sempre lutou por igualdade de condições e o direito de poder trabalhar. Eu quero a opção de poder trabalhar, mas eu quero a opção de querer ser “dona de casa”. É pecado querer brincar de casinha depois de gente grande? Mais uma vez citando Nelson Rodrigues. Pra ele a mulher só se realizaria no amor, então essa coisa de independência profissional é palhaçada, ela é feliz mesmo cuidado na casa, da cria e do marido? Não sejamos assim tão extremistas, mas pensem nisso. Eu quero o direito de poder dizer: quero mesmo é ser ‘do lar’ sem que me olhem estranho.
Discutindo o assunto surgiu uma questão interessante. Algumas mulheres querem sim se dedicar as coisas da sua casa (claro que eu não estou falando de passar a vida trancada em casa limpando, cozinhando e atendendo as necessidades familiares, espero que todo mundo tenha entendido essa parte), mas que homem ia querer uma mulher sem independência? Alguém totalmente dependente. E ao contrario do que eu pensava anteriormente, então as mulheres querem ser independentes não pra outras mulheres e sim pros homens? Texto cheio de interrogações, sempre fico muito confusa com tudo isso. Qual a solução pra isso?
Eu quero mesmo é confusão, essa é a grande verdade. Eu gosto de casamentos, sempre choro. E vocês, pensam o que?

Por Luna Rodrigues

10 de maio de 2010

E bullying é novidade aonde mesmo?

Eu ia escrever sobre algo totalmente diferente nesse post, mas a capa da Zero Hora me ganhou nesse final de semana. Uma matéria sobre bullying. Dizem que o assunto vem sendo tratado com mais cuidado devido ao aumento na intensidade e na gravidade dos casos ocorridos. Será?

Quem aqui nunca sofreu ou praticou algum tipo de bullying (bullying universitário, cyber bullying, bullying adulto, etc) que atire a primeira pedra. O nome pode até ser novo , mas bullying existe desde as pessoas existem e convivem. Não é novidade que as crianças são cruéis. Todo mundo estranha o diferente e quando saímos de casa, onde o contato com outras pessoas é pequeno, tudo é diferente Não vou entrar no mérito do “temos medo do diferente” porque acho que não vem ao caso, as crianças não tem medo do gordinho nem do orelhudo, elas acham estranho. E aqui, na maioria das vezes, elas são postas em uma situação muito difícil. Crianças sabem que isso magoa e que não é certo atormentar os coleguinhas bizarros diferentes, mas elas também sabem que bullying é uma maneira muito eficaz de se firmar no grupinho, além do mais enquanto eles estiverem tornando a vida do narigudo um inferno as chances de notarem que eu também sou diferente são menores. Porque todo mundo é diferente em algum ponto é questão de descobrir qual.

Viver não é fácil senhores, essa é a realidade e quanto mais cedo aceitarmos, melhor pra nós. Sentem o cheiro de trauma infantil nesse texto? Claro que eu já sofri com isso no colégio, eu sempre fui a “saracura” a “palito” e nem vou começar a falar como sofre uma criança com nome que menores de 10 anos acham super engraçado. Hoje, superada a situação eu até dou risada das situações que eu passei. Mas os comentários com piadas sobre o meu nome/peso serão deletados, ok?

Complicado é que a maioria tende a repetir o que sofre quando se livra das gozações. Daí talvez o bullying universitário, a vingança de quem sofreu no ensino médio e fundamental e agora é uma pessoa totalmente dentro dos padrões. Quando a gente sai do colégio, por algum motivo acha que tem uma nova chance na faculdade e talvez até seja verdade mesmo.

A verdade é que a grande maioria das crianças que sofriam bullying no colégio vai muito bem obrigada. Seguem suas vidas normalmente, conseguiram superar seus traumas (com a ajuda das pessoas que ousaram ser seus amigos e/ou de seus pais e terapeutas) e nem pensam muito nas “brincadeiras” de outros tempos. São pessoas normais, os que fizeram e os que sofreram, com algumas exceções. Fico irritada com essa coisa que tentam fazer a gente engolir de que os agredidos hoje são ricos e bem sucedidos e os agressores são fracassados perdidos na vida. Se bem que quando se é excluído deve sobrar tempo pra pensar em coisas produtivas.

A lista de celebridades que sofreu com isso na infância e adolescência é enorme e acho que elas até tem um papel importante a medida que quem passa por isso consegue ver que há salvação. Fato é que quando até o Taylor Lautner e Michelle Pfeiffer são vitimas do bullying não sobra muito pra nós.

Por Luna Rodrigues

4 de maio de 2010

Excesso de confiança feminino!

Não sei vocês, mas segunda é um dia péssimo pra mim. Resolvi então que segunda é o dia em que eu posto no blog, assim eu vou ter alguma coisa legal pra fazer e vou alegrar o dia de alguém (ou terminar de estragar). Mas sabe o que eu descobri? Inspiração também detesta segundas.

Em uma semana chegamos a incrível marca de 8 comentários, 3 seguidores e muitas sugestões de temas a serem tratados aqui. Algumas histórias me foram contadas e eu lembrei então de algo que sempre me deixou em profundo estado de nervos. As meninas com auto-confiança em excesso. Todo mundo aqui conhece alguém assim, não neguem. É aquela que acha que todo o menino que deu “oi” ta SUPER afim. Ou ainda o pior tipo: aquela que acha (mesmo que não diga na frente das amigas) que os meninos que olham ou chegam no “grupo” só estão interessados em uma coisa: ELA!

Eu até aceito que a linha entre o “estou sendo legal, pois sou legal” e o “estou sendo legal, pois quero te comer ficar contigo” seja muito tênue, mas bom senso sempre, por favor. Não é porque o cara te deu a frente no elevador que ele quer casar contigo. Ou é? Vai ver é esse o problema, o mundo é perverso e eu sou muito ingênua. Eu sempre cogito a possibilidade de estar completamente louca nas minhas idéias, mas não sei. 1.823.570 membros na comunidade “Sou legal, ñ tô te dando mole” talvez queira dizer alguma coisa.

Fato é que não vai faltar gente pra dizer: É a feia que fica braba porque os meninos preferem as amigas perfeitonas. Quanto a isso não vou me dar o trabalho de explicar, o propósito do blog não é curar meus traumas pessoais (pelo menos não era pra ser). Sério, só to querendo entender e aceito muito bem se me falarem que a vida é assim mesmo, que os homens só são legais quando tem segundas e terceiras intenções.

Auto-confiança é tudo na vida de alguém, aquela coisa de você precisa se amar primeiro e blá blá blá. Quem me conhece sabe que eu concordo e muito com essa idéia, mas tem muita gente levando essa filosofia de vida ao extremo.

Eu não sei o que causa isso. Acho que pode ser algo ligado a criação, isso normalmente acontece com as meninas que foram criadas com as pessoas dizendo todos os dias como elas são as meninas mais lindas do colégio. Repare que na grande maioria das vezes elas não são as mais bonitas do colégio, eu diria que não ficariam nem no top 5 se alguém fizesse uma votação (“alguém” exclui os parentes da candidata). Então talvez seja só um mecanismo de defesa.

Enquanto eu não consigo entender, tirem as “achosas” que acreditam ter conquistado o mundo de perto de mim, pelo menos enquanto elas estiverem tendo uma crise. #coisasqueirritamaluna

Então, fica a dica!

Por Luna Rodrigues